NÃO SOU GAY - CAP. 8
Quando Thales finalmente tirou seu pau da minha bunda, senti uma sensação maravilhosa, e não digo do gozo que escorreu por minhas pernas abertas. A sensação era o sentimento de amor que eu sentia por ele. Eu estava com meu príncipe perfeitamente perfeito. Ele me amava e eu o amava mais do que qualquer outra coisa no mundo.
Ele era meu!
“Precisamos nos lavar” aconselhou Thales, beijando minhas
costas, ao sair de cima de mim. “Vem comigo pro banho?”
“Pode ir, quero ficar aqui mais um pouco”, eu disse. Thales
me beijou e foi para o banheiro, do outro lado do corredor. Eu fiquei na cama
porque não estava aguentando andar. Na verdade mal sentia minhas pernas, o pau
de Thales era exageradamente enorme e não foi como naquelas histórias ou vídeos
porn, onde o cara fode com alguém super dotado e um segundo depois está pulando
de alegria. Eu estava com muita dor e não conseguia sair da cama.
Pelo menos essa dor
foi gostosa, disse a mim mesmo, tentando me convencer.
Enquanto estava na cama lembrei do meu livro favorito:
Príncipes. Lembrei, especificadamente, da passagem mais linda do livro, onde o
protagonista diz para seu melhor amigo, que não acredita em príncipes
encantados. Ele diz exatamente isso: todo
príncipe tem seu conto de fadas. E realmente é verdade, se a pessoa é da
vida, que sai dando para todo mundo, é claro que não vai existir um príncipe
para ela, ou final feliz.
Ou se a pessoa não acredita, aquilo que não existe não pode
acontecer.
Agora se a pessoa é feliz, sonha com um grande amor, e se
guarda para ele, o príncipe e o feliz para sempre acontecem. Pois dizia a frase
do meu livro favorito “seu conto”, isso queria dizer que são as pessoas que fazem
seus contos de fadas.
Enquanto alguns escrevem sobre curtição, eu estava
escrevendo meu conto de fadas com Thales. Eu o estava construindo.
Nesses pensamentos se passaram vários minutos. Eu já estava
sentindo a minha perna novamente, e tinha certeza que poderia andar.
Coloquei a camisa de Thales, sendo um pouco mais alto do que
eu, a camisa cobriu minha bunda e a frente do meu corpo, por isso não vesti
outra coisa, afinal iria tomar banho com meu namorado lindo.
Abri a porta do quarto e sai, tranquilamente. A primeira
coisa que vi foi Marcus saindo do banheiro. Ele estava com uma toalha pendurada
no ombro, e secava seu rosto molhado com gostas de água limpas e frescas.
Imaginei que ele estava lavando a porra da namorada dele, o que provavelmente
tinha acontecido com seu rosto.
Me lembrei de Camylla e da cena que havia visto mais cedo,
isso me fez abaixar a cabeça e caminhar em direção ao banheiro assim. Tudo o
que eu menos queria ver nesse mundo era o rosto de Marcus depois de uma gozada.
Sua expressão de arrogância deveria estar muito maior agora.
No meio do corredor senti um braço batendo em meu ombro com
força, tanta força que cai. Na verdade as pernas ainda estavam fracas por causa
do dote de Thales. Caindo no chão olhei para cima e vi Marcus tirando a toalha
do rosto. Ele não estava prestando atenção por onde andava.
Já era a segunda vez que isso nos acontecia.
“Caralho” gritei ao bater a bunda no chão, a dor que senti
foi muito ruim. A sensação de prazer na bunda sumiu e tudo o que eu queria era
nunca ter dado para o jumento do Thales.
“Foi mal” desculpou-se Marcus, mas não me pareceu muito
sincero. Ele esticou a mão para me ajudar.
“Seu filho da puta” disse antes que ele pudesse chegar com a
mão perto de mim.
Marcus me olhou com nojo e se afastou, me deixando ali no
chão.
Infelizmente ele não iria se livrar de mim tão fácil. Me
levantei correndo, com dores, e fui atrás dele.
“Achei que gostasse que as pessoas olhassem por onde andam,
mas por que não faz o mesmo?”, ele me ignorou e continuou andando com a toalha
no ombro. “Sabe, você se acha demais, é um molequinho que se acha famoso” parei
de andar “tenho pena de você, patético”
Me virei para ir ao banheiro. Thales logo iria sair e queria
ficar um pouco com ele lá dentro.
Eu achei que estava indo sozinho pelo corredor, mas
infelizmente Marcus pegou ar com o que eu falei e veio atrás de mim.
“Eu me acho?” ele deu uma risada sem humor. “Se liga moleque,
eu sou bom no que faço e não tenho culpa se as pessoas me admiram por isso.
Diferente de você eu sei o que eu faço”.
Ele estava se referindo ao teatro? Só poderia estar se
referindo ao teatro. Isso me deixou puto da vida.
“Sei mais do que você, seu merda, se acha O Cara, mas quero
ver o que vai fazer quando sair da escolinha. Vai morrer afogado no meio de
peixes grandes”.
“E se você não calar a boca, vai morrer aqui mesmo”.
“Eu não tenho medo de você” disse com sinceridade, e para
mostrar minha macheza bati no peito com a mão aberta.
Para Marcus foi como o osso jogado para o cachorro ir pegar.
Ele fincou os calcanhares no piso de madeira e correu em minha direção, sabia
que iria levar uns tapas. Fechei os punhos preparando para acertar, pelo menos,
o saco dele.
No momento em que ele se aproximou de mim, Thales, meu herói,
saiu do banheiro e deu um grito de “ei, mano”, depois veio até mim em uma
velocidade surpreendente. Ele segurou a mão de Marcus, que estava a centímetros
do meu rosto.
“O que acha que está fazendo?” gritou Thales, ainda segundo
a mão do outro.
“Vou ensinar esse merda ter mais educação” cuspiu Marcus,
olhando para mim com repugnância.
Aproveitei que ele estava com a mão ocupada e lhe enfiei o
tapa na cara. Foi uma mistura de tapa com soco. Ele foi pego de surpresa e
ficou me olhando, os olhos bem vermelhos.
“Ah, seu filho da puta!”, ao gritar isso ele se jogou para
cima de mim. Thales o abraçou, o jogando do outro lado do corredor, bem longe
de mim, Marcus se levantou e foi na direção de Thales, dando um soco no
estômago dele. Naquele momento o caminho entre mim e Marcus ficou livre, ele
veio para cima de mim, sai correndo.
Antes que ele pudesse me alcançar, Thales o derrubou e subiu
em cima dele, dando socos realmente fortes na cabeça de Marcus. Achei que este
último estava desmaiado, mas ao me virar vi que ele estava se defendendo,
batendo a cabeça no nariz de Thales. Enquanto os dois rolavam no chão, por
minha causa, senti um forte arrependimento. Não conseguia simplesmente ficar
ali assistindo, fui até eles para separar a briga.
“Thales” disse alto, mais alto do que os socos e tapas que
rolavam na briga. “Thales, eu vou segurar o Marcus, quando fizer isso sai
daqui, não quero que fiquem brigando por minha causa” praticamente gritei isso
em um segundo e no outro Thales pulou de cima do corpo de Marcus, ele ameaçou
se aproveitar da oportunidade, bater em Marcus, enquanto eu o segurava, mas o
reprimi com um olhar de censura. Thales foi para nosso quarto, me deixando com
Marcus.
No momento em que subi em cima de Marcus, procurei segurar
seus braços para ele não me bater. Contudo ele não se mostrou muito à vontade
para continuar com seu plano de socar minha cara. Apenas fez força para se
livrar de mim e ficar em pé. O soltei e fiquei ao seu lado, esperando ele se
arrumar. A toalha pendurada em seu corpo se soltou e vi metade da sua bunda, e
quase conseguia ver outra coisa...
O rosto de Marcus estava com duas marcas bem grandes e
vermelhas, que possivelmente iriam ficar roxas e muito feias.
“Eu não vou te pegar agora, seu namoradinho vai querer te
defender, eu vou esperar uma ótima oportunidade e acabar com você, já é a
segunda vez que fico com o rosto vermelho por sua causa. Não vou aguentar uma
terceira” prometeu Marcus, os olhos vermelhos e psicopatas fixos em mim. Seu
tom de voz ameaçador me fez ficar com medo de suas palavras.
Marcus foi para seu quarto, segurando a toalha no corpo.
Corri para ir ver como Thales estava. O nariz dele estava
quebrado e o rosto cheio de marcas de socos.
“Vou te levar na farmácia”, disse vestindo minha roupa. No
fundo eu estava louco para comprar um remédio para as dores na bunda e na
perna.
***
Na saída da festa encontrei César
jogado em um sofá, enquanto esperava Thales encontrar a chave do seu carro e
conversar com os amigos da banda para mandarem Marcus ir embora, fui até meu
amigo.
“E ai, como foi sua noite?” perguntou César, sem se levantar
do sofá. O resto da sala estava cheio gente bêbada e desmaiada, então me sentei
ao seu lado.
“Não está muito boa, vou levar Thales na farmácia”, eu
disse, olhando o corpo de César, ele estava com os olhos vermelhos, bêbado ou
drogado? O cabelo despenteado sobre a testa, a vestes amarrotada.
“Por falar em Thales, o que iria me falar mais cedo, sobre
ele?”
“Ah, não esqueceu isso” suspirou César, como se o assunto
fosse impróprio para aquele momento. Ele colocou a mão na minha camisa, depois
fechou o tecido nos dedos e puxou meu rosto para perto do dele. “Eu vi, e
fiquei sabendo, de umas coisas que aconteceram nos bastidores da banda”
“Que tipo de coisas?” indaguei sem respirar, os olhos
vermelhos de César eram provocados pela bebida, seu hálito o entregava.
“Sexo, uso de drogas, garotas de programa. Essas coisas.
Thales estava no meio” a voz de César morreu em um suspiro e ele caiu no sofá,
sem forças para continuar acordado.
Prostitutas, drogas e Thales?
Isso não poderia ser verdade, César estava mentindo, ou
falando coisas sem nexo. Mal estava conseguindo abrir os olhos! O bafo de
álcool me fazia desacreditar em qualquer coisa que saísse por seus lábios.
Thales disse me amar e eu acreditava nisso. Nós tínhamos
nosso conto de fadas e ele não iria estragar isso. Afinal acabou de apanhar por
minha causa, se estivesse saindo com outras pessoas, usando droga, iria apenas
me ver levar uns tapas.
O que César disse não
faz sentido. Eu amo Thales, qualquer coisa fora disso não tem sentido.
***
“Meus amigos vão mandar aquele marginal ir embora. Agora
vamos a tal farmácia comprar seu remédio para a bunda” disse Thales, sorrindo,
ao me encontrar na sala. Ele estirou sua mão para mim e eu a peguei. Como ele
poderia mentir para mim? Seus olhos diziam que seu amor por mim era puro e
verdadeiro.........
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