NÃO SOU GAY - CAP. 11
No momento que meu pai bateu na porta, fiz Thales tirar o
pau dele mim. O empurrei para o outro lado da cama, onde encontrava-se suas
roupas. Ele vestiu a cueca de qualquer jeito, mesmo enrolada no corpo, depois
foi a calça, a camisa ficou presa em seu ombro. Thales não parecia nenhum um
pouco nervoso ou com medo que fossemos vistos. Ele até parecia irritado com
minha inquietação.
“Jesus, Rafa” bufou ele.
Thales era assumido para os pais e não ligava se os meus nos
visse juntos. Por outro lado, naquele momento, eu não estava afim de que isso
acontecesse.
Não tivemos tempo para nada. Meu pai bateu na porta e
começou a entrar, ele, Thales, só teve tempo de cair fora do quarto pela janela,
o empurrei pela abertura. Olhando pela janela, vi quando ele caiu de joelho no
chão, a calça rasgou e o sangue manchou o tecido jeans. Fichei os olhos,
sentindo sua dor. Naquele momento Thales deve ter me odiado por jogá-lo do
segundo andar de minha casa e nem terminamos de namorar.
Foi como se tudo estivesse programado por Buda: Thales
retirou-se do quarto e meu pai entrou. Não tinha como vestir minha roupa, então
ele me viu nu. Coloquei a mão no frente do meu pênis e fiquei extremamente
constrangido.
“Nossa pai, eu tava indo pro banho, não podia esperar eu
abrir a porta?” olhei para o lado, apenas minhas roupas estavam jogadas no
quarto, talvez a desculpa funcionasse.
“Desculpe, filho” ele se afastou e trancou a porta. “É que
ficamos preocupados contigo, depois do que aconteceu no colégio”, é claro que
um professor estuprador deixa os pais de um aluno preocupado, mas entrar e me
pegar transando com outro homem? Isso sim que é de se preocupar.
“Ouvi alguém correndo em seu quarto, tá tudo bem docinho?”
preocupou-se mamãe, ignorando a porta fechada e me flagrando nu.
“Eu tava correndo para a senhora não me ver nesse estado”
novamente coloquei a mão na frente do meu corpo.
“Eu e seu pai vamos esperar você na sala” disse ela.
Enquanto eles se afastavam tive quase certeza que minha mãe disse alguma coisa
sobre minha bunda ser durinha igual a dela.
***
Meus pais são donos do próprio negócio. Eles ralam em uma
loja que meu pai fundou, no ano em que conheceu minha mãe. A princípio era uma
pequena loja de artigos esportivos. Em pouco tempo se tornou uma grande loja,
com muitos artigos e uma seção apenas de equipamentos de pesca. E assim, aos
poucos, meu pai foi mudando a loja para novos ambientes e ampliando a loja com
novas seções. Hoje eles eram donos de um negócio muito rendável.
Até pensavam em abrir uma loja na cidade vizinha! Os planos estavam
feitos para acontecerem depois que forem para sua segunda lua de mel, no meio
do ano.
Depois de tomar meu banho, me juntei aos meus pais na
sala-de-estar. Minha mãe estava sentada com as pernas cruzadas, um cigarro
queimava em sua mão esquerda. O meu pai estava com o celular na mão, olhando
alguma coisa que realmente parecia importante, para ele.
Passei por um interrogatório, tive que explicar novamente,
mentindo, que estava indo para o banho quando eles chegaram. Depois expliquei o
que aconteceu no colégio, sobre a menina. Eles ficaram em choque, não disse
nada sobre eu ter passado pela mesma situação, dias antes. Largar isso de lado
me pareceu a melhor coisa naquela época, mas anos depois, vi que foi meu maior
erro em toda a vida.
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