NÃO SOU GAY - CAP. 19

     Depois de falar com minha professora e fugir de Thales. Fui com minha mãe até uma loja de roupas, a qual ela é amiga da proprietária. Minha mãe quer que eu consiga um trabalho depois do colégio e como a mulher é sua amiga desde o tempo de colégio, ela disse que não teria problema em me ter como um estagiário trabalhando meio período, depois do colégio. Não disse nada a esse respeito, concordando ou discordando, afinal minha mãe sempre teve um pulso firme, e o que quer que eu dissesse não iria mudar em nada.

 

"Não faça gracinhas, eu não quero passar vergonha" disse minha mãe, quando estávamos saindo do carro, em frente da enorme loja de roupas. Pela vitrine pude ver um mar de gente, e entre eles os escolhidos usando seus uniformes brancos, todos iguais, com o nome da loja no peito.

 

Dei um longo suspiro, desejando que a loja tivesse ar-condicionado, pois no Rio fazia muito calor. Tanto calor que as pessoas suavam dois segundos depois do banho. "Não vou fazer nada" prometi para minha mãe. Que sorriu duro para mim. Ela estava mais nervosa do que eu.

 

"Então vamos". Descemos do carro, atravessamos a avenida movimentada e entramos no edifício. Do lado de dentro o ar estava desligado, ou quebrado. Havia alguns poucos ventiladores de teto e outros colocados estrategicamente por toda a loja, mas isso não melhorava muito a situação. Comecei a desejar que eu estivesse no meu quarto, com o ar-condicionado ligado, vendo algum filme preto e branco da década de 70, com atores já mortos.

 

"Edina, minha querida" disse mamãe, abraçando a amiga e dando beijos barulhentos em suas bochechas. A outra mulher retribuiu com igual alegria e beijos muito barulhentos.

 

Edina, a amiga de minha mãe, era uma mulher alta, com o corpo bronzeado, lábios pintados de vermelho, o cabelo era castanho, e lhe caia nas costas, um vestido vermelho encontrava-se em seu corpo magro. As sobrancelhas dela estavam bem feitas, um pequeno fio que destacava os olhos verdes esmeralda. Parecia uma mulher de muito poder, e fogo. Ao lado dela estava um rapaz que era maior do que eu, por alguns centímetros. Ele tinha o mesmo cabelo cacheado caindo sobre as orelhas e os mesmos olhos verdes de Edina, usava o uniforme da loja. Ele tinha a boca grande, braços musculosos e a calça estava apertada em seu corpo.

 

"Olá amiga. Você ainda não conhece o meu filho? Carlitos, essa é Paola. Paola, esse é o meu caçula, Carlitos" disse Edina, com um enorme sorriso apresentar seu filho, o rapaz que está ao seu lado.

 

"É um prazer conhecer a senhora" disse Carlitos, pegando a mão de minha mãe. Ele abriu um pequeno sorriso, revelando ter um sorriso muito bonito.

 

"O prazer é todo meu. Diga oi para ele, filho" disse mamãe, ao ver que eu estava ao lado dela, apenas olhando o reencontro.

 

"E ai" cumprimentou Carlitos, pegando na minha mão. Disse um "oi" fraco e sorri para ele. Seu aperto foi forte. Notei que ele ficou encarando o meu rosto, depois olhou para meu corpo, seu sorriso continuava.

 

"Bem, eu vou lhe mostrar tudo o que precisa conhecer para começar a trabalhar" Edina pegou meu braço e me puxou para acompanhá-la. "Enquanto isso, minha querida amiga, Carlitos vai te ajudar a achar um vestido perfeito para o seu jantar de hoje à noite".

 

Então eu fui com Edina, "conhecer tudo para começar a 'trabalhar'", e mamãe ficou vendo os vestidos com o latino mais bonito que eu já vira na vida.

 

***

 

O trabalho não foi o mais difícil do mundo. Em algumas horas eu já havia dominado a técnica de dobrar roupa igual os vendedores de verdade fazem. O mais duro de tudo foi aguentar os clientes. Aguentá-los com um sorriso falso era a mesma coisa que ver dois cachorros cagando, não me agradava em nada. Contudo sorri e aguentei firme, pensando que logo a noite eu iria para o teatro e iria esquecer tudo aquilo. Meu futuro era nos palcos não nas lojas, a não ser depois que eu ficasse mundialmente conhecido e tivesse minha própria marca.

 

Fiz amizade com uma das funcionárias da loja. Seu nome era Monise. Ela ficou do meu lado e me ajudou em tudo, até pegou os clientes que ela sabia ser muito chatos, para eu não desistir logo no primeiro dia.

 

"Eu não pretendo ficar muito tempo aqui" ela disse durante um dos raros intervalos de clientes. "Quero crescer na vida, sabe como é?"

 

"Sei sim" não contei para ela sobre o meu plano de ser um ator mundialmente conhecido, talvez ela considerasse essa ideia subir demais na vida.

 

E assim o meu primeiro dia de serviço terminou com alegria, acima de tudo. Fiquei com dor nas pernas, por ficar em pé o dia todo, correndo de um lado para o outro atendendo as pessoas, mas foi alegre. Depois que o último cliente foi embora. Carlitos veio conversar comigo.

 

"Como está? Gostou da nova experiência?" ele indagou em voz baixa, no canto que eu estava sentado, afastado das outras moças. Havia apenas eu e ele ali de homens; bom pelo menos um e meio.

 

"Tô legal. Eu imaginava que seria diferente, tipo, mais corrido, imaginei alguém me xingando ou eu rasgando uma roupa muito cara" comecei a rir ao ouvir o que eu realmente pensei sobre o trabalho.

 

"Às vezes acontece incidentes, mas no geral é tranquilo, como hoje" ele novamente me encarou, senti o meu rosto ficar ruborizado. "Sua mãe me disse que estuda, tem certeza que vai ser tranquilo conciliar colégio com trabalho? Eu faço faculdade, na verdade quando sair daqui vou direto para casar tomar um banho e ir pra aula, acho meio difícil, levantar cedo e ficar aqui, sabe como é".

 

Ele estava querendo saber se eu iria aguentar a bucha, talvez nossas mães o tenham mandado aqui.

 

"Fácil não vai ser, mas tenho que tentar, não é mesmo?" falei, pegando uma camisa de cima do balcão e dobrando, depois a pus em um saco transparente.

 

"É exatamente o que eu falo" ele sorriu novamente, depois se virou, para ir embora. Entretanto, antes de dar o primeiro passo, Carlitos se virou de novo para mim, os olhos verdes fixos nos meus azuis. "Qualquer dia podemos tomar alguma coisa depois do trabalho, o que acha?"

 

"Vai ser legal". Ele sorriu e foi embora. Fiquei me xingando por dizer apenas "vai ser legal". Quem diz isso? Eu deveria ter dito que aceito o convite dele.

 

Não sabia nada de Carlitos, fora ele ser filho da dona da loja e cursar uma universidade de radiologia, todavia sentia que ele era uma pessoa legal. Verdadeiro e sempre confiável. Além do fato de que toda as vezes que ele sorria, seu cabelo cacheado caia sobre o olho, o deixando com um astro pop teen da Disney.

 

"Tchau, Rafa" disse Monise, quando nos despedimos.

 

"Até amanhã".

 

****

 

O lado ruim do trabalho, foi que isso não me tirou a obrigação de ir ao teatro municipal as oito horas da noite. Eu havia saído da loja as seis horas, fui para casa de ônibus, então cheguei as seis e meia. Depois entrei debaixo do chuveiro, ao chegar em casa, e sai as sete horas. Fiz o dever de casa até dar a hora de ir para o teatro. Já não estava aguentando mais ficar em pé, minha cama gritava meu nome.

 

Minha mãe estava correndo, eu precisava chamar o meu pai para me levar ao teatro. Fui até a cozinha, e depois passei na sala, mas ele não estava em nenhum desses lugares. Então o procurei no quarto. Ao me aproximar vi que a porta estava aberta, a empurrei e coloquei a cabeça através da fenda. Então vi meu pai, pelado! Ele estava vindo do banheiro com a toalha no ombro, enxugando o seu rosto. Eu vi seu corpo por completo. Fiquei ali parado, sem saber o que fazer. Ele se virou, dando a bunda para mim, respirei fundo e corri para fora do quarto.

 

Do lado de fora, bati uma vez na porta e gritei:

 

"Pai, o senhor me leva até o teatro?".

 

"Já estou terminando de me vestir" ele respondeu. Fui, com os pés vacilando, até a sala.

 

No sofá um pensamento me veio à mente, porém logo afastei qualquer pensamento do tipo. Eu o havia visto pelado, mas fora sem qualquer intenção, minha. Ele deveria ter acabado de... porque estava... NÃO, pensei comigo mesmo. Não iria ficar pensando nessas coisas. Ele era o meu pai.

 

"Estou pronto" disse Júlio Cezar, adentrando na sala.

 

Me levantei e fomos para o carro. Fui um dos primeiros, como sempre, a chegar no teatro. Nem mesmo a diretora havia chegado naquele dia. Agradeci meu pai pela carona e fui para o meu camarim.

 

Tomei um grande susto ao entrar no camarim. Desta vez não era Kamylla, quem estava dentro dele, ou Marcus, e sim Thales em pessoa. Ele me olhou sorrindo, eu me recuperei do susto e tranquei a porta.

 

"O que está fazendo aqui?" disparei, olhando para ele e para os lados, verificando se realmente estávamos sozinhos.

 

"Nossa, Rafinha, é assim que cumprimenta o seu namorado?" indagou Thales, desfazendo o sorriso e ficando com um pequeno beicinho.

 

"Que namorado? Fala do cara que está me ignorando há semanas?" cuspi as palavras, no tom mais seco que eu pude fazer. Não vou pular nos braços de Thales e esquecer que ele me deixou sozinho durante todos esses dias. E preciso testar o conselho da professora, ver se ele realmente gosta de mim, e que melhor maneira de ver a pessoa falando a verdade do que deixar ela nervosa?

 

"Eu não queria te deixar sozinho" Thales aumentou o beicinho, ficando com os olhos brilhantes.

 

"Não se preocupe, Thales, eu não fiquei sozinho. O Carlitos ficou no seu lugar, e devo admitir, que não senti a diferença, a não ser, é claro, que ele foi melhor na cama".

 

"Do que está falando?" naquele momento Thales não fez mais beicinho ou gracinha. Ele cerrou os punhos e veio na minha direção. "Que porra andou fazendo?".

 

"Se estivesse mesmo interessado teria me respondido no face" parei por uns instantes e saquei o meu celular, a melhor arma no momento. Comecei, então, a ler todas as mensagens que havia mandado para ele. "Bom dia amor. Oi amor. Como está? Thales, deixa de ser criança e fala comigo porra! Estou com saudades bb ♥. Preciso falar contigo um assunto sério. Por que me ignorou no colégio? Boa noite, Thales". Desculpe, mas isso não parece coisa de quem ama e se interessa pela minha vida, disse rindo sarcasticamente.

 

"Eu fiquei sem internet" defendeu-se Thales.

 

Olhei sério e feio para ele, logo depois lancei o meu celular em sua direção. O meu movimento foi rápido o suficiente para atingi-lo em cheio no rosto.

 

"Ai, para com isso!" disse ele, pegando o celular.

 

"A única coisa que você vai ficar sem vai ser essa cara de puta sem lavar sua, se continuar mentindo para mim".

 

"Amor, por favor, para com isso". Thales começou a vir em minha direção, pensei em sair correndo, na verdade até levantei o pé e ameacei a sair dali. Contudo decidi, firmemente, que se alguém teria que sair, esse alguém era o Thales. Ele chegou mais perto, dei um saco em seu peito e o empurrei para longe. "Rafael, para com isso desgraça!".

 

Estava funcionando, ele estava ficando nervoso comigo.

 

"Vai se foder, e foder quem quer que estivesse comendo esses dias todos. Sabe do que mais? Estou com nojo de sua cara....

 

"Isso não tem graça".

 

"Essa cara de sínico desgraçado. Eu deveria ter visto em antes que você não presta. Arrogante, prepotente, imbecil, traíra, brocha...

 

"Isso é mentira!".

 

"Uma pessoa totalmente desprezível!", terminei com a expressão mais severa que a atuação me concedia.

 

Thales, então, não disse nada, apenas veio em minha direção quebrando todas as barreiras. Ele pegou meu pescoço e apertou, depois jogou meu corpo contra a parede. O golpe me causou grande dor nas costelas, e estava ficando sem ar. Aranhei seu braço como se fosse um animal. O sangue fluiu e a pele encheu de sujeira as minhas unhas.

 

"Seu filho da puta!" ele gritou, me soltando e limpando o braço machucado na camisa. Que logo ficou banhada em sangue.

 

Olhei incrédulo para ele.

 

"Nunca mais me toque, seu infeliz. Está me ouvindo? Nunca mais me toque seu maldito!" enquanto gritava essas palavras fui para cima de Thales, enterrando minha mão no seu rosto, o tapa ecoou no silêncio do camarim. Não parando por ai, continuei a dar tapas e socos no peito de Thales. Ele, por sua vez, segurou os meus braços e tentou me controlar. "Me solte, seu imundo!" ao gritar isso eu já estava chorando. Os socos no peito de Thales se transformaram em tapas e esses em empurrões sem força.

 

Thales havia me agredido, mas não disse ter ficado com ninguém. Ele não admitia a verdade, e isso já estava me deixando enraivecido ao ponto de perder o controle da situação. E eu o amava, então, se ele nunca tivesse feito nada, eu estava jogando o nosso namoro fora por uma causa enganosa. Isso me fez chorar com maior tristeza.

 

Thales foi até a mesa, cheia de maquiagens e essas coisas, e trouxe de lá uma pequena caixa vermelha de chocolates. Ele ficou segurando ela, enquanto mordia o lábio inferior. Agora seus os olhos realmente estavam cheios de lágrimas.

 

"Eu ia te dar isso de presente" ele falou. "Mas tô vendo que não quer mais conversar comigo. Eu vou embora, te deixar em paz".

 

Não disse nada. Fiquei com a mão no meu pescoço, que ainda doía.

 

Thales viu minha mão no pescoço e ficou de cabeça baixa, depois pediu desculpas. Naquele momento ele chorou. Seu peito subia e descia lentamente. Fiquei comovido com isso e o abracei, não estava dizendo que eu o amava e que iria voltar com ele, mas senti que precisava abraçá-lo.

 

"O que aconteceu com a gente?" eu disse, entre o nosso abraço. Ele me segurou com força, mas não respondeu a pergunta.

 

Depois de um tempo, paramos de chorar e ele ficou me abraçando, mesmo depois. A mão de Thales acariciou as minhas costas, depois desceu até a minha bunda, alisando ela por cima da cueca. Me afastei um pouco.

 

"Por favor, vamos tentar recomeçar. Vamos melhorar, os dois. Ser felizes".

 

"Thales, eu nunca mais transo contigo!".

 

***

 

Eu estava com as minhas mãos apoiadas na parede. Thales estava atrás de mim. Ele me abraçou e cheirou todo o meu pescoço, logo depois me deu um longo chupão. Nós estávamos pelados, e Thales estava com o pau duro, senti seu grande cacete de mais de vinte centímetros entrar no meio das minhas pernas e babar todo. Ele pôs sua mão nas minhas costas, um arrepio seguiu os seus dedos.

 

Soltei um longo suspiro e comecei a massagear o meu pau. Fiquei com a bunda mais empinada e rebolei no pau de Thales. Ele me deu mais beijos nas costas, acariciando meu corpo. Minha bunda estava roçando no seu pau, sentindo seu corpo aquecer o meu. Ouvi o som da saliva caindo no pau de Thales, logo depois ele a espalhou pelo cacete, isso me fez morder os lábios e trancar a bunda, já sentindo a dor.

 

Thales passou mais saliva na beira do meu cu, ele já havia me chupado. Seu pau roçou meu cu. Fazendo força para penetrar. Ele colocou a cabeça dentro de mim, provocando uma mistura quente de prazer e dor. A dor era maior que o prazer, mas de certo modo a dor se transformava em prazer.

 

Senti a mão de Thales na minha cintura, ele segurou com força e senti seu pau rasgar o meu cu. Fechei os olhos e não sentia mais nada, só sabia que meu cu estava sangrando. Ele segurou novamente na cintura e enterrou o pau em mim. O cacete era grosso o suficiente para me fazer ver estrelas.

 

Olhei para trás, Thales estava com os beiços contraídos, gemendo, ele apoiava-se na minha cintura e enfiava mais forte, mais rápido, mais prazeroso. Senti seu pau entrar até as bolas baterem na entrada do meu cu, ficando prendidas nas minhas pernas. Ele rebolou e me puxou contra o seu pau. Senti meu corpo tremer, cedendo ao maravilhoso homem que era Thales.

 

Sem a camisinha, o cacete de Thales entrava livre, e até o talo no meu rabo. Eu e ele gemíamos de prazer. Meu cu dava prazer a ele e seu caralho estava me fazendo gozar. O suor de Thales caia sobre o meu corpo, ele metia com prazer, fazendo seu corpo musculoso dar tudo de si. Abri mais as pernas, sentindo o pau me cutucar lá no íntimo. Fechei os olhos e deixei as emoções me levarem para o orgasmo.

 

O que não demorou.

 

Logo meu pau estava babando e ejaculando horrores. O de Thales fez o mesmo, entupindo o meu cu de esperma quente e branquela. O melhor de trepar com um negão é que eles têm o pau enorme, uma jeba que pode te deixar de perna aberta durante horas e gozam para caralho.

 

E isso não é um sonho.

 

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