NÃO SOU GAY - CAP. 16
Eu estava chegando perto do mesmo ponto de ônibus, que ia todas as noites depois dos ensaios no teatro, quando vi um rapaz sentado no banco de madeira. Ele olhava para o celular, sem dar muita atenção para a rua. Quando me aproximei o bastante, pude ver que era Marcus. Ele estava, provavelmente, esperando o mesmo ônibus que eu iria pegar. Passei a mão no cabelo e na roupa, se era mesmo ele, queria estar bem, mostrar ser melhor do que ele. Já que vivíamos brigando muito, agora queria me sentir superior a ele.
“Não acredito nisso”, disse Marcus, ao levantar os olhos do
celular e me ver a poucos passos de distância. Ele guardou o aparelho e começou
a andar, estava indo embora.
“Espera”, eu disse correndo atrás dele. Peguei no braço de
Marcus e o virei para mim.
“Me solta, não quero brigar de novo. Por isso vou embora”
ele olhou para mim com arrogância.
“Tem todo o direito de estar puto, mas, por favor, continue
aqui. Tenho medo de ficar aqui sozinho. Semana passada um cara levou três
facadas no pescoço perto daqui” eu disse olhando para ele e desejando que ele
acreditasse que eu realmente estava com medo. “Tenho medo de alguma coisa ruim
acontecer”.
“Achei que eu fosse
a coisa ruim” disse ele com desprezo.
“Estou falando sério” olhei para ele, piscando, quase
chorando. Eu sabia que tinha um rosto um pouco meigo e conseguia convencer as
pessoas com um pouco de bico e drama.
Marcus não respondeu nada. Apenas voltou a se sentar no seu
lugar. Ele estava usando uma camisa de mangas curtas mas com capuz, ele tirou o
capuz e passou a mão nas mangas, subindo o tecido no seu braço tonificado.
Estava com uma calça colada nas coxas e um tênis desamarrado. Estava bonito
aquela noite, o cabelo caia sobre o rosto limpo de espinhas.
Me sentei, olhando a noite e sentindo um vento gelado
batendo no mesmo rosto. De repente o celular de Marcus começou a tocar. Era uma
música de rock e isso me fez lembrar de Thales. Ele realmente foi um grosso
comigo. Meus olhos começaram a lacrimejar, a agora não estava fazendo drama. As
lágrimas começaram a cair sem controle e logo eu estava chorando. Com a mão no
nariz e a respiração acelerada.
Marcus desligou o celular e se aproximou de mim. Ele ficou
me olhando assustado. Sua mão pousou no meu ombro.
“O que aconteceu cara?” ele estava preocupado comigo. Isso
me fez chorar mais. Se eu estivesse triste e alguém mostrasse dó ao me ver,
isso me fazia chorar mais, por ser uma criatura tão idiota.
“É o Thales” o rosto de Marcus ficou rígido. “Eu estava pensando
em me assumir para os meus pais, com ele, dizer que ele é meu namorado. Mas
agora não tenho certeza se quero me assumir. Ouvi uma conversa dele, achei que
fosse mentira, mas parece que é verdade” falar sobre isso me faz chorar ainda
mais. A mão de Marcus ficou no meu ombro, me consolando.
Marcus fica ali, me fitando de longe, ele não diz nada. Não
sabe o que dizer para mim. Todavia não precisa, apenas estar ali, comigo,
quando mais ninguém estava, me ouvindo, já foi o suficiente. O choro foi
passando e passei a mão no rosto.
*****
Marcus estava ao meu lado, o choro já havia passado a tempo
e o ônibus não demoraria. De repente me recuperei da bad e percebi que ele continuava, ali, comigo. Dei um sorriso para
ele, sua mão desceu do meu ombro e ficou na minha perna.
“Obrigado” eu disse, sorrindo para ele. Marcus se manteve em
silêncio, ele arrastou a bunda no banco e ficou perto de mim, perto o
suficiente para que conseguisse sentir sua respiração fluir na minha face. “O
que foi?”.
A mão de Marcus começou a deslizar pela minha perna. Olhei
para os lados, já estava tarde e ainda estávamos em um ponto e ônibus. Não
sabia que loucura ele estava pensando.
“Eu quero você, Rafa” ele disse, lendo meus pensamentos
devaneados.
Parecia que eu estava em um sonho, tudo aconteceu
perfeitamente perfeito. Quando ele disse isso seus lábios alcançaram os meus e
me tocaram de leve. Tinha gosto de menta e pasta de dente. Sorri e retribui o
seu beijo, colocando minha mão em seu peito e sorrindo. Ele foi intensificando
o beijo, alisando meu peitoral com os dedos fortes. Coloquei minha língua em
sua boca e a explorei, sentindo ela ir em todos os lugares.
“Eu também te quero” disse ofegante, saindo de perto dele
para tomar só um pouco de ar.
Meus dedos tocaram o peito trincado de Marcus, fui descendo
eles, até chegar no seu umbigo. Nesse momento Marcus avançou no meu pescoço, me
chupando ali mesmo, no ponto de ônibus. Soltei a respiração mais acelerada,
sentindo meu corpo vibrar por inteiro com o seu toque. Depois da reação gostosa,
voltei a mergulhar minha mão em seu corpo, fui descendo o suficiente para tocar
o seu pau. Estava duro e torto na cueca, fazendo uma curva para baixo. Estava
mesmo bem duro.
Marcus tirou o pau da cueca e o segurou bem diante dos meus
olhos. Era branco, da dor de sua pele, tinha a cabeça um pouco redonda e
cheirava a creme de pele. O saco era cuidadosamente depilado, contudo tinha um
pouco de cabelo na parte de cima. Marcus segurou o pau, que bateu no meu rosto,
eu estava agachado entre suas pernas. Com a boca aberta engoli seu pau enquanto
ele me observava. Quando coloquei a cabeça na boca, passando a língua nela, ele
soltou o pau. Eu fui abrindo minha garganta e tentando mamar todo o seu
caralho.
Marcus começou a gemer, dizendo meu nome baixinho: “Ahhhh...
Rafinha, que boquinha é essa, meu deus... vai Rafinha, me mama gostoso,
issooo...” Comecei a subir e descer minha boca, enquanto segurava o seu pau na
base, toda vez que descia a boca os lábios estavam bem abertos, quando voltava
para cima, fechada o lábio e os deslizada em seu pau. Sentindo o gosto da pele,
misturado com o da cabeça.
Marcus pegou minhas mãos, a tirando do seu pau e as colocou
no seu peito, comecei a girar meus dedos e passava a palma da mão no seu peito.
Ele gemeu ainda mais gostoso. Fiquei de joelhos ali no chão, com o meu rabo
empinado. Agora que não tinha mais a ajuda das mãos para continuar a engolir
até a metade do seu pau e voltar, comecei a fazer garganta profunda, fechava os
olhos, segurava a respiração e forçava o pau de Marcus a entrar na minha boca.
Sentia os lábios irem engolindo tudo, com certa facilidade, devo admitir.
Colocava até a base, despois fazia movimentos circulares com a minha boca e
voltava, a procura de ar. Começou a sair baba pelos meus lábios, escorreram
pelo saco depilado de Marcus. Não tinha como engolir a saliva, então ela se
acumulava e saia na primeira oportunidade.
Marcus colocou sua mão na minha nuca, mas ele não demorou
muito, apenas fez um pouco de carinho. Parei de fazer carinho em seu peito com
a mão esquerda e segurei no seu pau, sentindo ele ir deslizando com facilidade
com a ajuda do acumulo de saliva. Soltei a outra mão do peitoral de Marcus e
abri um pouco suas pernas, entrei nelas, sentindo o pau penetrar meus lábios
com prazer. Aumentei a velocidade, fazendo os gemidos e suspiros dele
aumentarem também. Vi a mão de Marcus vindo até seu pau, ele o pegou e tirou da
minha boca, fiquei olhando para ele, que começou a bater a cabeça nos meus
lábios, de leve. Ele parou e eu voltei a mamar sua rola gostoso, ele ficou com
a mão no pau, o segurando para que eu pudesse chupar.
Foi nesse momento que Marcus começou a acompanhar os
movimentos que eu estava fazendo com a boca, seus olhos subindo e descendo. Ele
olhou para mim, contraiu o corpo, fez um pequeno beiço e senti uma explosão
dentro da minha boca. A porra escorreu da cabeça e esparramou-se pela minha
boca, fui mandando tudo para a garganta.
De repente percebi uma coisa totalmente errada, o esperma de
Marcus não tinha gosto. Olhei para ele preocupado. Eu estava engolindo e não
conseguia sentir o sabor salgado. Me levante, tentando entender o que estava
acontecendo, mas nada. Chamei por ele, mas Marcus não estava me ouvindo, seu
rosto ficou desfocado e começou a desaparecer, como o Gato de Cheshire. Depois
que aquela coisa diante de mim não parecia mais o Marcus, o lindo garoto que eu
tinha acabado de mamar, olhei para os lados e percebi que o resto também estava
desaparecendo.... Tudo sumindo...
“Marcus!”
ouvi as palavras pulando da minha boca. Olhei em volta, estava na minha cama, fazia
uma madrugada fria de sábado, e eu estava suado. Coloquei a mão no meu pau, ele
estava duro, mas tudo não passou de um sonho. Depois que parei de chorar, o
ônibus chegou e eu vim para casa, Marcus continuou nele, indo para sabe-se lá
para onde. Tudo foi um sonho, merda!
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