O Vizinho

Me chamo Peter e moro na Rua das Flores desde que tinha cinco anos de idade. Tenho vários amigos aqui, alguns deles íntimos, e jogamos futebol todas as tardes, depois do colégio.
Um dia lá estava eu, sem a camisa e enxugando o suor do peito ― musculoso, sem pelos, branco e vermelho de sol ― quando vi Bruno, meu vizinho do lado, descer a rua em sua bike. Era um moleque magrelo, porém maior do que eu alguns centímetros, por isso não procurei confusão com ele.
Um dos moleques da rua acenou para ele e o chamou para nossa roda de futebol, percebi que conhecia aquele guri de algum lugar. Quando chegou mais perto vi que era mesmo magrelo, usava uma camiseta regata e exibia braços finos e brancos, devia passar o dia todo em casa se masturbando com vídeos porn na net. Usava chinelo e short, as pernas cabeludas estavam a amostra. Eu fiquei sentado na calçada, de camisa no ombro, pra mostrar pra ele que eu era fortinho e exibir meu piercing na ponta da peito.
― Galera, esse é meu amigo, Bruno, ele veio de São Paulo pra cá faz uma semana, a mãe dele vai trabalhar junto com minha mãe no banco ― explicou Maicon, o moleque que tinha acenado para o tal Bruno do outro lado da rua. Os caras apertaram a mão do guri e disseram seus nomes e onde moravam. Todos moravam ali na Rua das Flores.
― Prazer mano, sou o Peter ― disse na minha vez, quando ele desceu da bike e veio me cumprimentar. Tinha uma pegada forte na mão magra dele. Foi naquele momento que o encarei de perto, sabe quando tu olha na cara da pessoa e percebe cada detalhe? Foi o que fiz. Ele tinha um topete maneiro no cabelo castanho bem escuro, que chamou minha atenção. O nariz era grande, mas não feio. Orelhas finas, grandes. Abaixo das sobrancelhas grossas, devo dizer que isso fez meu coração acelerar um pouco, havia um par de olhos verde-claros.
― E ai, Peter ― ele sorriu pra mim. Os dentes eram bem alinhados, resultado do aparelho. Eu usava aparelho no dente e esperava ter aquele sorriso no final do tratamento (Vamos voltar ao Bruno).
Maicon olhou pra mim, nem dei atenção pra ele. Só queria ver aquele sorriso e os olhos do moleque novato. Os outros moleques mexiam no celular ou falavam de mulheres. Ao notar minha falta de interesse em sua pessoa, Maicon fez algo que eu não gostava.
― Esse é o nosso Pepe ― disse ele, para o Bruno, rindo do apelido que eu odiava.
― Vai pro inferno, mano ― falei, olhando finalmente para ele e o presenteando com um dedo.
― Pepe, é? ― disse Bruno, e percebi que ele tinha uma voz gostosa. Grossa demais para um garoto que deveria ter minha idade. ― Apelido dáhora.
Dei um sorriso, afinal ele havia gostado?
Maicon ficou bicudo, eu estava pouco me fodendo pra ele. Tínhamos uma velha história, que resumida em: ele foi o primeiro cara que beijei. Ficamos algumas vezes, até que algo entre nós começou a nascer, algo forte e real, quase um amor entre homens, mas ele foi babaca o suficiente para arrumar uma rapariga e chamar de namorada. Aí fiquei chupando dedo. Finalmente havia superado esse "amor" e estava me divertindo com o seu ciúme do próprio amigo.
― Quer vir na minha casa, depois do jantar? Comprei o jogo do Resident Evil 6 e não tenho parceiro pra jogar no Xbox ― disse ao Bruno. Afinal eu adorava fazer amizade com a rapaziada. Meus pais não se importavam de ter vários colegas no meu quarto, contando que dormisse antes da meia noite e não acordasse os vizinhos jogando.
― Achei que eu seria o teu parceiro ― Maicon teria me dado um soco se Bruno não estivesse entre nós.
― Ah, mano. Não quero criar problemas... Mas... ainda tô sem net em casa, seria legal ter algo pra fazer.... ― Bruno não precisava dizer mais nada. Ele iria, o Maicon...
― Pode vir, afinal tu conhece o jogo, por servir de mapa ― eu dei um sorriso de moleque travesso para ele.
― Tá ― eu sabia que ele não estava nem um pouco afim de ir na minha casa depois do que eu fiz com ele, mas ia, porque eu via seu ciúme provocando uma leve irritação no canto superior do olho esquerdo.
Me despedi dos moleques e fui pra casa, correndo.
***
Não queria demorar no banho, mas ao mesmo tempo queria estar bem cheiroso para "jogar videogame". Então fiquei, acho, que meia hora debaixo do chuveiro. Quando terminei, o saco estava depilado, a bunda lisinha e a barba feita. Olhei no espelho e dei um sorriso para o guri bonitão do outro lado.
O cabelo era cortado dos lados, no meio tinha uma grande onda rebelde de cabelos. O alargador estava no número três. Meu rosto era simples, olhos castanhos, nariz pequeno e redondinho, boca pequena e bochechas magras, igual o pescoço.
Depois do jantar voltei pro quarto e vesti um short largo, de futebol, sem cueca e esperei na cama, mexendo no celular. Já tinha fuçado no WhatsApp e entrava no Facebook quando minha mãe bateu na porta.
― Peter, querido, um amiguinho seu veio te visitar ― ela tinha esse costume de me chamar de queridinho e tratar meus amigos como crianças. Talvez tenha pegado esse costume com os amigos do meu irmãozinho de 3 anos.
― Manda ele entrar mãe, e 'brigado ― eu disse, jogando o celular na cama e pulando pra ir atender a porta.
Um segundo depois o Bruno entrava no meu quarto. Dei um sorriso largo e bobo. Bruno morava na casa ao lado, e Maicon no final da rua. Desejava que o jantar na casa de Maicon demorasse mais do que de costume.
― Pow, mano, fiquei com muita vergonha da sua família, seu pai usa calça social em casa? E sua mãe é tão educada que me senti um ogro quando esqueci de dar boa noite pra ela― Bruno parecia mesmo nervoso, estava tagarela, veio até a minha cama e sentou. Fui até a porta e tranquei ela.
― Meu pai chega do trabalho bem parte, por isso a calça e minha mãe... bom, ela é minha mãe. Vamos ao jogo?
Ele me ajudou a ligar tudo e colocamos o jogo. Voltamos para a minha cama e começamos a jogar. Bruno, menos de um minuto após pegar o controle, me encarou.
― A porta tá mesmo trancada? ― fiz que sim com a cabeça. ― O Maicon me disse que tu é gay, e que gosta de chupar a rola dos moleques da rua...
― Aquele filho da puta! É tudo mentira, mano. Ele não sabe de nad... ― fiquei com o rosto vermelho, pegando fogo, me entregando. A orelha ardia. Nem vi quando o controle caiu da minha mão. Ia falando junto com ele, para ver se conseguia parar o assunto.
― Mentira? Ia pedir pra tu me mamar, se quisesse...
Calei a boca.
― Ia o quê?
― Pedir pra me chupar. Olha, não conta pra ninguém, mas acho que sou bi. Então pensei em pedir pra tu pagar um boquete, se não tiver problemas.
É claro que não tinha problema algum. Solteiros, o cara bonito, cheiroso. Educadinho.
― Tem que ser rápido, tá?
Eu não estava na seca, mas acho que dei essa impressão, pois ataquei o short dele e segurei seu pau, já tava bem durinho. Aquela merda era grande, meus dedos se encontravam do outro lado com dificuldade. E ele foi crescendo, crescendo e ficando mais duro. Quando parou de crescer com minha punheta, já deveria ter uns 20 centímetros, brincando. E era bem grosso também. Bruno colocou a mão no meu pau, ainda estava meia bomba, eu era difícil de ficar de pau durão e babando. Ele foi me tocando, fui ficando excitado. Mas não como ele, meu pau tinha uns 17 centímetros e parecia muito menor perto da anaconda do Bruno. Ele riu quando me pegou comparando os dois.
Ele veio para cima de mim na cama, tirou o meu short e eu tirei o dele. Beijei seu corpo quando tirei a camiseta. Ficamos de joelho na cama, com os paus duros um ao lado do outro, o meu não muito duro. Bruno continuo a me masturbar. Veio em minha direção e me beijou.
Aquela boca sabia beijar. Fiquei sem ar, quando se afastou de mim. Olhei para ele, para os olhos verde-claros. Que porra de moleque bonito, mesmo magrelo. Nos beijamos, enquanto um batia punheta pro outro, muito gostoso e excitante.
De repente ele mostrou possuir uma força que eu não imaginava e segurou nos meus ombros, me colocando pra baixo. Fiquei com a cabeça perto do seu pau, logo segurei na base e comecei a engolir a cabeça. Ele soltou o ar, num gemido abafado e me segurou pelos cabelos cumpridos, fazendo a minha boca voar na direção do seu cacete. Aprendi muito com Maicon e o chupei divinamente.
Seu cacete tinha um gosto bom, forte e salgado, o esperado para um homem maduro. E tinha aquela grossura. Não foi muito fácil colocar aquela espessura na boca. Dei um jeito e chupei como se nunca mais fosse ver outro pau daqueles na minha frente, e um daquele tamanho não vi mesmo.
Segurei na base do cacete, passando os dedos pelos pentelhos raspados de Bruno e coloquei a cabeça na boca, chupei ela, passando a língua em volta e depois tirei dos lábios, e assim fiz, colocando e tirando da boca. Bruno respirava ofegante em cima de mim, fazendo movimentos com o corpo, jogando seu pau monstruoso dentro da minha boquinha. Comecei a chupar em volta do pau, passando a língua em todo o cumprimento. Sentindo ainda mais o gosto forte de rola. Senti meu cu piscar naquele momento. Eu queria senti-lo em mim, mas sabia que naquele momento não dava. Teria que me contentar com a chupeta.... e tinha que ser rápido....
Fui chupando da cabeça até um pouco mais fundo, sempre indo e voltando com a boca. Vi Bruno colocar a mão no saco, gemendo, e enfiando o pau na minha garganta. Ele enfiou até a metade, gemeu, estava pronto pra gozar.
Bruno tirou o pau fora da minha boca, era imenso, cobriu todo o meu rosto, e bateu uma rápida punheta, mordendo os lábios e segurando um urro de prazer. Vi o gozo voando pela cabeça, caindo no meu rosto e no corpo dele, abaixo do umbigo. Me aproximei de onde havia gozado e lambi o rastro de porra. Sujei todo o rosto.
― Vem cá ― disse ele, me pegando pelos braços. Com o rosto frente a frente, ele me beijou, limpando o gozo com a língua.
Quando estava passando sua mão pela minha bunda, alguém bateu a porta. Dei um pulo de susto e vesti meu short em tempo recorde.
― Quem é? ― perguntei com a voz agitada. Merda, pense depois, deveria ter respondido com calma.
― O seu parceiro pro jogo, se ainda sou alguma coisa ― disse Maicon do outro lado da porta, irritado. Assim que ele visse Bruno, dentro do quarto trancado, iria saber o que andamos fazendo. Por mim, poderia até ir embora. Que ideia ridícula era aquela de sair falando que eu pago boquete pros moleques? Se pago, o problema é meu e de mais ninguém!
― Tá ― olhei para Bruno, estava vestindo a roupa com uma lentidão de dar raiva. Homem depois que goza é um caso sério, nem parecia preocupado que pudéssemos ser flagrados.
Caminhei até a porta e esperei o lindo vestir-se e pegar o controle do videogame. Abri a porta, finalmente, e Maicon voou para dentro do quarto.
― Passei na sua casa, mano, e tua mãe me disse que estava no vizinho ― ele olhou feio pro amigo e pra mim.
― É... Tu disse pra te esperar, mas comi rápido e não tinha o que fazer, resolvi vim mais cedo. Vem cá, como saio desse lugar escuro? ― Bruno olhou para mim, sem Maicon perceber, e sorriu. Retribuiu o sorriso aliviado, pelo menos era um bom mentiroso.
***
No outro dia, jogamos futebol na rua de casa, eu, os moleques e o Bruno. Maicon? Nem sinal dele. Acho que estava de castigo ou algo assim. Não me importei muito, pois Bruno me chamou pra casa dele e disse que eu tinha uma bunda bonita, mas isso é história pra outro conto....
PS: Esse conto pode vir a se tornar um romance, com pelo menos 20 capítulos. O público é quem decide!

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